A ELEGIA DO AMOR I
Lembras-te, meu amor,
Das tardes Outonais,
Em que íamos os dois,
Sozinhos, passear,
Para fora do povo
Alegre e dos casais,
Onde só Deus pudesse
Ouvir-nos conversar?
Tu levavas, na mão,
Um lírio enamorado,
E davas-me o teu braço;
E eu, triste meditava
Na vida, em Deus, em ti...
E, além, o sol doirado
Morria, conhecendo
A noite que deixava.
Harmonias astrais
Beijavam teus ouvidos;
Um crepúsculo terno
E doce diluía,
Na sombra, o teu perfil
E os montes doloridos...
(...)
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Rodrigo Leão / Teixeira de Pascoaes
Publicada por Ricardo de Magalhães à(s) sexta-feira, maio 09, 2008
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