Morte, minha Senhora Dona Morte,
Tão bom que deve ser o teu abraço!
Lânguido e doce como um doce laço
E como uma raiz, sereno e forte.
Não há mal que não sare ou não conforte
Tua mão que nos guia passo a passo,
Em ti, dentro de ti, no teu regaço
Não há triste destino nem má sorte.
Dona Morte dos dedos de veludo,
Fecha-me os olhos que já viram tudo!
Prende-me as asas que voaram tanto!
Vim da Moirama, sou filha de rei,
Má fada me encantou e aqui fiquei
À tua espera... quebra-me o encanto!
Florbela Espanca
terça-feira, 27 de maio de 2008
Joy Division / Florbela Espanca
Publicada por Ricardo de Magalhães à(s) terça-feira, maio 27, 2008
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1 comentários:
E quando a morte chegar, estarei pronta. Enquanto ela não vim quero pra vida sorrir.
Eu te admiro muito meu amigo Ricardo. Dê um sorriso...
Márcia Raquel
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