Em dia de Senhor de Matosinhos,um Senhor de Matosinhos.
Eugénio Andrade ( sem o "de"),o barbeiro que todos os dias nos oferecia um poema,um manuscrito que colava religiosamente na montra da sua museológica barbearia.
No meio da tantas barbas e bigodes,tesouras e navalhas,máquinas zero, pentes quatro,dissertações da bola e parlamento,ele foi sempre um bom matosinhense,um sorriso sincero,um "-bom dia!" humilde e educado.
Foi barbeiro porque teve que ser e, nasceu poeta; nada havia a fazer.
"Primeiro livro do "verdadeiro" Eugénio de Andrade
"Garoto da praia" deu à costa em Matosinhos
O "poeta barbeiro" Eugénio de Andrade apresentou, no feriado do passado dia 5 de Outubro, o seu primeiro livro, "O Garoto da praia", integrado na colectânea "Poetas populares de Matosinhos". Um sonho de há muito tempo..."
in jornal regional "Matosinhos hoje" de 10-10-2001
Eugénio Andrade,o verdadeiro(como ele mesmo dizia),não era só barbeiro,não era só poeta.Era um bom homem,um "simples"homem bom.
Quem quiser ler os seus poemas só tem que passar lá na barbearia.O Poeta não está,mas a montra é a mesma.Se olharem bem,muito bem,...estão todos lá.
Para o senhor Andrade,um menino da minha praia.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Garoto da praia
Publicada por Ricardo de Magalhães à(s) terça-feira, maio 13, 2008
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2 comentários:
Grande Eugénio. Nunca cortei lá o cabelo. Primeiro porque sou eu que corto o meu cabelo, depois porque tinha medo dele. O homem entusiasmava-se em demasia com a navalha na mão! Faz falta..
como gostei de ler isto... nunca fui, nunca vi (infelizmente), mas fiquei com tanta vontade de conhecer a tal barbearia... um dia, sem dúvida!
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