Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Hope Theres Someone
Publicada por Ricardo de Magalhães à(s) quarta-feira, abril 16, 2008
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3 comentários:
desculpa a maçada, mas tenho que te voltar a dizer estas coisas. afinal já nos vimos aonde???
andei 2 semanas a sufocar com essa voz...no words babe, no words...
"E sempre que posso encho-me da tua ausência. E sinto-me quase feliz!"
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
Quadrilha, Carlos Drummond de Andrade
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