Ouves, meu amor, a água que brotou
no côncavo da pedra que a tua mão marcou?
Ouves, meu amor, o passo do veado
correndo no caminho que só por nós pisado?
Entendes, me amor, a voz que fala agora
do tempo que esperou, da lenta e só demora?
Já era onde nós somos a nossa paz presente.
Só nós entrámos nela e agora é que sente.
Alumiam-se as noites, Deméter aparece,
tu sentas-te a meu lado e o trigo reverdece.
Pedro Tamen
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Gotye
Publicada por Ricardo de Magalhães à(s) quinta-feira, novembro 19, 2009