Alma exilada, e tão cansada e triste,
Num mundo onde ninguém te compreende,
Vai sonhando de amor e, enfim, ascende
À luz ideal que, em sonhos, entreviste.
Sonha! Vive do amor que pressentiste
Sorrindo á imperfeição de que descende
A dor do meu viver e, em mim, acende
A fé no eterno bem que em Deus existe!
— Porque essa luz divina que entrevejo
No céu que, para além desta amargura,
Eu pressinto, e que surge ao meu desejo
Como a bênção de Deus – no seu esplendor
Que é um sorriso de encanto e de ternura,
Guilherme de Faria
0 comentários:
Enviar um comentário