Vamos pela parede.
A mamã tem asas castanhas sedosas; eu, asas cor de violeta; ao abri-las vêem várias camadas de gaze. Prosseguimos pelo muro; com antenas finíssimas tocando nos galhos, nos ramos, de bálsamo, de salsa e de outras coisas.
Parece que estamos livres dos semelhantes que são como azougue.
A cada minuto, a lua é mais branca e escura.
E resplandece por todo o prado, aqui e ali, a Virgem dos Insectos.
Com asa e diadema e muitíssimos pés.
Marosa Di Giorgio
quarta-feira, 17 de março de 2010
The Tormentos
Publicada por Ricardo de Magalhães à(s) quarta-feira, março 17, 2010
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