terça-feira, 26 de agosto de 2008

Guilherme de Faria



Alma exilada, e tão cansada e triste,

Num mundo onde ninguém te compreende,

Vai sonhando de amor e, enfim, ascende

À luz ideal que, em sonhos, entreviste.

Sonha! Vive do amor que pressentiste

Sorrindo á imperfeição de que descende

A dor do meu viver e, em mim, acende

A fé no eterno bem que em Deus existe!

— Porque essa luz divina que entrevejo

No céu que, para além desta amargura,

Eu pressinto, e que surge ao meu desejo

Como a bênção de Deus – no seu esplendor

Que é um sorriso de encanto e de ternura,

Só pode ser, Amor, o teu amor!


Guilherme de Faria


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