Leva o medo,
abraça os gestos imperfeitos
de noites não dormidas,
de quimeras tão azuis
como azul é o olhar
que não toco à instantes.
Resgata fantasmas,
aqueles sim,
esses que povoam
o espaço entre nós
e impedem o sôfrego desejo
de impulsos controlados
na perfeição do segredo.
Leva o medo
e deixa-me a luz
para nela me banhar
em noite de lua cheia
cheirando a maresia.
Depois…
depois segura entre mãos,
suavemente,
o doce amor
que te deixei…
… solene.
Rosa Maria Anselmo
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Deixas Em Mim Tanto de Ti
Publicada por Ricardo de Magalhães à(s) sexta-feira, outubro 24, 2008
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